domingo, 29 de janeiro de 2012

NA DÚVIDA É MELHOR CALAR – MAS POR QUE CALAR QUANDO É POSSÍVEL EXPRESSAR?




Devido á nossa pouca capacidade de discernir, nós somos especialistas em transformar paradigmas em paradoxos...
Pode ser que, mesmo hoje, alguém ainda duvide que a capacidade de falar de expressar idéias, sensações, impulsos e sentimentos tenha sido um degrau que subimos na escada da evolução. A falta de coordenação entre o que nós: pensamos, sentimos, falamos, e atuamos; talvez tenha sido a origem desse paradigma: melhor calar.

Como se tivéssemos acabado de descer das árvores; nós ainda não atendemos aos princípios primários da arte da comunicação e de educar: observar, refletir, expressar, agir.

Para os que já galgaram um degrau a mais na escala de desenvolvimento da consciência; um detalhe pode fazer toda a diferença:

A INTENÇÃO É FATOR DETERMINANTE NA FALA.

É preciso determinar uma intenção; pois toda verbalização intenta algo ou tem uma finalidade e, gera efeitos.
Quando falamos (e a palavra hoje é falada, escrita, digitada, ou pode vir na forma de imagens produzidas, copiadas e repassadas), nós somos responsáveis e, a intenção será o juiz dos agravantes e atenuantes.

A motivação também é um agente na relatividade do conceito falar a verdade, usado nas relações e simples interações:
Digo a verdade doa a quem doer!
Dependendo da intenção e da forma como ela foi expressa, muitas vezes essa “verdade” magoa e fere; quem se vangloria de sempre dizer a verdade, doa a quem doer, ao observar-se melhor; percebe-se: recalcado, frustrado, maledicente, pois a intenção real é punir.
A verdade dita ou calada é calma, equilibrada; e predominará cedo ou tarde; pois tem sua hora.

Mesmo que primária e reduzida em capacidades e vocábulos:
Que a verbalização seja sempre o instrumento da verdade que constrói e não aquela que fere e pune.

Precariamente sábio que:
Na dúvida é melhor calar e aguardar a ação do tempo ou o surgir de um dono da verdade impaciente que servirá de escândalo corretivo através de sua forma descuidada de agir.

Porém; não devemos papaguear:
A falta de intenção também é capaz de causar prejuízo:
“Desculpe, não tive intenção de...”
Embora não haja intenção de ferir, aconteceu; a ausência da intenção de...; apenas atenua o julgamento final na consciência; mas não elimina o débito relativo à impaciência e preguiça; daí, antes de verbalizar é preciso sempre definir primeiro as intenções.

Mas, é vero:
De boas intenções o inferno está cheio.
Falar é preciso; calar é preciso – mas antes de tudo é preciso pensar, refletir...

Namastê.