sábado, 31 de março de 2012

COMO IDENTIFICAR UM PSICOPATA COMUNITÁRIO




È comum que os pais digam que seria muito bom se os filhos viessem com manual de instrução. Muitos sociopatas e psicopatas que destroem sonhos; aniquilam perspectivas; e hoje até destroem nações poderiam ser diagnosticados. E o mais engraçado é que somos nosso manual de instrução ambulante, aberto para quem tiver interesse em prestar atenção e até decifrá-lo. O momento é de estudar e educar a alma; pois, especialmente nos primeiros anos de vida, antes de sofrermos a ação de camuflagem da educação e da socialização, nós estamos na vitrine, mostrando a que viemos na existência; quais nossas tendências, impulsos e até delinear nosso possível futuro padrão de atitudes – e o que poderemos causar e deixar como nossa marca pessoal – nossa pegada existencial, ecológica...
Quando a ciência tiver meios de desmaterializar o raciocínio, continuando como ciência sempre indagando, buscando, na tentativa de desvendar o ignorado resolveremos a maior parte de nossos atuais problemas. E ela já a tem; mas na área da ciência como da religião, também dominam os sociopatas; daí, demora um pouco.

Boa parte da responsabilidade sobre nossas ações, comportamentos e doenças inadequadamente recai sobre a herança genética.
Quando se trata de tendências inatas o raciocínio de herança familiar escrita no DNA físico não retrata quase nada da verdade. A realidade de cada um, o acervo de nossas conquistas tanto adequadas quanto não, está registrada no DNA extrafísico do qual o que se encontra em 3D é apenas parte; o que está ligado ao projeto de vida. Somos a continuidade de nós mesmos.
Em nossos arquivos está registrado tudo que pensamos, sentimos e fizermos; além disso; também a nossa participação na constelação familiar a que pertencemos e no meio ambiente. O que repetimos dos familiares na sua maior parte é aprendizado, cópia de modelos que adotamos e não uma pura e simples condenação genética.
A quase totalidade dos psicopatas é criado em ambientes familiares conturbados; o que na atualidade representa a maioria das famílias.

Quando se trata de sociopatias e de psicopatia, nós já nascemos com o impulso para esses comportamentos que irão se concretizar ou não; daí a participação adequada ou não do meio: família, ambiente e sociedade podem e devem fazer a diferença. Claro que algumas atitudes sociopatas são reforçadas pela forma de viver e educação atual baseada na neurose da competição, mesmo que o individuo não traga isso como forte tendência inata – atitudes psicopatas podem ser aprendidas, especialmente durante a infância.

Quando ouvimos o termo psicopata logo nos reportamos aos do tipo serial killer da mídia e aos que cometem crimes bárbaros. Apenas uma minoria ínfima dos psicopatas se constitui de assassinos; e nem todos que cometem crimes e matam são psicopatas.

O psicopata comum é considerado uma pessoa normal até muito bem educada, gentil, sociável e muito simpática. São pessoas politicamente corretas, costumam ser elogiadas na escola e no trabalho. Estão acima de qualquer suspeita de cometer crimes até bárbaros – e quando isso ocorre; as pessoas em torno ficam chocadas.

A maioria dos psicopatas se enquadra em grau leve e que não são apanhados pela justiça por cometerem crimes graves; daí não serem diagnosticados segundo os critérios do DSM – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM). É um manual para profissionais da área da saúde mental que lista diferentes tipos de transtornos mentais e critérios para diagnosticá-los de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria. Nessa condição de diluídos na massa de normais são mais difíceis de diagnosticar; embora seja fácil percebê-los agindo em todos os lugares especialmente onde seus interesses estejam em risco: no trânsito, nas disputas e jogos, no trabalho; enfim em todas as atividades da vida comunitária. Pode-se dizer que são os psicopatas comunitários.

Costumam ter inteligência na média e até acima. Na condição de vilão ardiloso é hábil na busca de seus interesses sente compulsão pela mentira; frios não se importam com os sentimentos alheios nem com os direitos dos outros, não são capazes de criar vínculos afetivos duradouros; dissimulados: são organizados e detalhistas; convincentes e sedutores; não respeitam normas nem leis, gostam de levar vantagem em tudo.

Os em torno não conseguem identificá-los até que cometam algum delito passível de punição pela lei.
Alguns tipos comuns: falsos amigos oportunistas; os que se fazem de vítimas; o colega de trabalho que sonega informações e outras coisas para ocupar o posto do outro ou para sobressair perante os chefes; trapaceiros; os que vivem á sombra do poder na qualidade de funcionários públicos de médio e alto escalão criando leis apenas para beneficiá-los; os parasitas sociais como os indevidamente aposentados; os ressarcidos por méritos que não possuíram; políticos; empresários e religiosos.

Esse tipo de psicopata raramente vai para a cadeia; por motivos vários – mas se vai para a cadeia é tido pelos do sistema carcerário como preso exemplar e que ali está por injustiça. Na qualidade de bonzinho, inocente e coitadinho continua tendo atitude de psicopata mesmo dentro do sistema penal; e com esse tipo de atitude consegue regalias e redução de pena.

Como diagnosticar o possível psicopata leve, no sentido de que não infringe o código penal daí, não se enquadra no DSM?

Na maior parte dos casos é preciso um pouco de convivência para que ele se mostre.
Costumam ser impulsivos; mas na maior parte das vezes eles conseguem controlar mantendo a camuflagem.
São bons atores: representam o tempo todo.
Habilidosos para seduzir de forma melosa; são mentirosos e dissimulados ao extremo; daí, cativantes e envolventes.
Como não conseguem manter isso o tempo todo em certos momentos alguns lapsos chegam a ser chocantes; pois contraditórios não se dão conta de seus deslizes (muito comum nos políticos que estão sempre na vitrine dos noticiários).
Não percebem as variações emocionais na voz; nem suas expressões faciais.
São menos sensíveis á dor.
Do levar vantagem em tudo até o roubo é um pulo.
Atropelam quem interferir nos seus interesses, desde denegrir até mandar matar (raramente matam: pagam para que alguém o faça).
Narcisistas; ás vezes antissociais.
Nível de ansiedade abaixo da média; exceto nos psicopatas secundários que são hostis, compulsivos, socialmente ansiosos, isolados, mal humorados e com baixa autoestima.

O que nos interessa neste bate papo:

Como a “Reforma íntima começa antes do berço” nosso interesse é identificar possíveis psicopatas da afetividade como os que levam milhões de mulheres a se tornarem mães solteiras ou arrimo de família; predadores sociais como os funcionários públicos ou privados de alto escalão; predadores da natureza como os criadores de gado de forma extensiva, plantadores de monoculturas; os que envenenam a terra e as pessoas; os que envenenam os alimentos industrializados e outros tantos.

Como identificar a tempo essas pessoas; pois poucas terão uma boa educação de berço baseada na ética cósmica – a maioria será muito bem informada; de forma geral foram crianças até charmosas de forma superficial, adoram andar na moda e consumir tudo que é top – como identificá-las?

São charmosas, encantam facilmente os adultos pela sua aparência e docilidade – no entanto já demonstram em certos momentos birras, reações imotivadas á contrariedade, insensibilidade frente a situações de sofrimento de outrem que podem ser evidentes em condutas como maltratar coleguinhas, animais, mentir, já em idade escolar trazer para casa objetos que não lhe pertencem, etc.

Nossa intenção ao trazer este assunto á discussão:
Serei eu um psicopata?
Frente á justiça forense da atualidade não; mas e frente á justiça segundo a ética cósmica?
Meu filho ou meu aluno é um psicopata em potencial – o que fazer?

Namastê.

sexta-feira, 9 de março de 2012

TRANSTORNO DO PAVIO CURTO DE QUEM É A CULPA?



Conforme já alertamos em muitos artigos nos bloogs:
A normalidade é um tipo de bullying.
A violência física vai aumentar em ritmo alucinante, especialmente nas grandes metrópoles.
Quem de nós nunca sofreu ou praticou algum tipo de violência? – Nem sempre percebida por quem a pratica; mas, sempre vivenciada por quem a sofre.
A violência física começa de forma insidiosa no DNA cultural e nas tendências que a alma traz.
Exemplo, o conceito Bullying focado inicialmente no ambiente escolar trouxe á discussão a pratica da violência explícita e até mesmo a subliminar; aquela em que raras pessoas; prestavam atenção; pois, á medida que o assunto vai sendo debatido; novos focos e olhares sobre o problema surgem, cada um dando sua contribuição para que a paz reine entre nós.
A violência explícita e a subliminar se confundem ás vezes; tal e qual o estupro em algumas sociedades onde a vítima do bullie (o estuprador) ainda sofre discriminação, sendo penalizada duplamente pela sociedade que pratica o bullying sem perceber; pois, a prática de manter o poder através da agressão é milenar.
Esse padrão de atitudes não está vinculado ao instinto de sobrevivência, defesa ou raiva. Pode envolver ciúmes, discriminação inveja e desprezo.
Suas bases estão assentadas no desejo e sentimento de poder; intolerância á diferença; e a pretensa liberdade de excluir, barrar, isolar e segregar os outros.
Não é uma fase normal da vida como muitos bullies adultos imaginam; não passa com o tempo nem com a idade; apenas ela fica camuflada pelas máscaras sociais fruto da educação ainda em vigor.
Conforme deixamos claro no livro: “A reforma íntima começa antes do berço” Ed. EBM – relançado:
Algumas pessoas já nascem com tendências para praticar o bullying; assim como já trazemos um esboço de personalidade ao nascer e um conjunto de predisposições que podem ser corrigidas ou reforçadas pela vida em família, educação e cultura.
Essa é a temática que abordaremos neste bate papo: bullying é um comportamento inato (embora haja saudáveis discordâncias) e que também é aprendido (isso é consenso) – Mas, como tudo na vida: comportamentos sejam inatos ou adquiridos, podem e devem ser mudados.
Esperamos com este escrito, fruto de nossa vivência diária como médico de famílias e educador em saúde dar alguma contribuição á busca da tão sonhada PAZ.
Pois fãs da UNIPAZ – um dos caminhos que nos resta:
Sonhamos com um mundo melhor onde paz e harmonia predominem na intimidade de cada um e na vida social.
Mas:
Volta e meia nós nos deparamos na rua e nos noticiários com campanhas, caminhadas, e passeatas contra as guerras declaradas ou não; e em prol da paz.
Slogans não faltam:
- Diga não à violência!
- Abaixo a prática do bullying nas escolas!
- Guerra não!
- Eu sou da paz!
- Paz e amor!

Muitos já a buscam mesmo desconhecendo-a; outros, como as crianças da Geração Nova já a praticam automaticamente e sem esforço.
Inúmeras as lutas que se travam a seu favor. Nas ruas, na imprensa, escrita e falada. Paz da boca para fora dos bullies, que o são; sem que o saibam.
Tão estéreis quanto inúteis; enquanto não tivermos consciência do que seja agressividade e violência.
Não tem sentido lógico, pessoas ainda agressivas e praticantes do bullying nas menores ações do dia a dia; lutando pela paz. E o que é pior: cobrando dos outros, atitudes mais tolerantes e pacíficas.
É coisa de gente que não tem nem sabe o que fazer; além de assistir noticiários.
Nós ainda não desenvolvemos a sensibilidade de distinguir as posturas pacíficas das agressivas no conjunto das nossas atitudes diárias.
Não sabemos realmente o que é violência nem agressividade planejada ou não; exceto aquela que salta aos olhos, escabrosa e truculenta: guerras, assassinatos, agressões, estupros, tiros, facadas – pois ela ficou diluída; e camuflada em condutas padrão ou normais ditadas pela cultura. E o que é pior, nós sentimos apenas a que nos atinge ou nos choca; mas, encaramos como normal e nosso direito de reagir aquela que nós aplicamos aos outros, dos pensamentos às atitudes de prepotência.
Somente seremos capazes de combatê-la quando aprendermos a detectá-la em nós mesmos (essa é uma de nossas intenções neste nosso pacato escrito) e, quando educarmos as crianças para que sejam mansas e pacíficas, pois a educação é algo compartilhado e não imposto. Palavreado não seguido de atitudes coerentes não serve para muita coisa; até atrapalha. Pessoas não se educam com slogans, nem com palavras de ordem, e sim na prática de cada dia.
Antes de conseguirmos a paz nas ruas, nas escolas, no trabalho e na vida social e política, ela precisa ser conquistada no íntimo de cada um e no ambiente familiar. A atitude pacífica deve ser aprendida e exercitada principalmente na vida em família.
Como tudo que envolve o ser humano a paz não se consegue numa canetada de um decreto político ou não; nem com teorias mirabolantes ou num passe de mágica; é conquista de dia a dia, de respeito pela própria vida e pela vida do outro. Alcançaremos um estado de paz relativa, quando nos lares não houver mais:
• Guerra pelo poder de controlar sem medir forças
• Competição
• Mentiras
• Traições
• Violência verbal
• Agressão física

Desse ponto em diante todas as lutas sociais em prol da paz serão vitoriosas.
Mas quem se interessa?