sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

DIÁLOGO E SOLIDÃO NA VIDA EM FAMÍLIA




Esse é mais um dos desastres da pedagogia familiar e escolar: Nunca fomos treinados para a comunicação; através da prática do diálogo e da discussão inteligente. Antigos adágios populares sempre tiveram um que de verdade; infelizmente: Quem berra mais ganha! Quem não chora mais do que o outro não mama! – A disciplina e o respeito foram baseados na truculência e não no convencimento através da postura e do exemplo.
Esperava-se que com a facilidade maior de acesso á educação houvesse uma melhora na forma de nos comunicarmos e na qualidade dessa comunicação; ledo engano. Está piorando; as pessoas gritam mais; muitos lares mais parecem um hospício de surdos – na escola é impossível falar e escutar – tamanha a gritaria.

Estamos á beira do desastre pessoal e coletivo; pois a família quer queiramos ou não é base de desenvolvimento do que viemos fazer na existência. No estilo de viver na vida contemporânea, ninguém tem tempo para ninguém – seja para ouvir, argumentar ou simplesmente falar sem que seja aos berros.
Esse distúrbio já se impregnou no DNA astral, tem gente que desde que nasce quer ganhar tudo no grito – conforme colocamos no livro: A reforma íntima começa no berço – Ed. EBM – já nos primeiros meses de vida e de convivência seria fácil ensinar a essa alma autoritária e apressada que as coisas andam no tempo de todos e não apenas no seu: deixa chorar até cansar; depois dá comida, troca, etc.

Gritaria á parte; a falta de comunicação inteligente está tornando a família um conjunto de pessoas que vivem juntas para atender a interesses, os mais variados.

A vida em família contribuindo para aumentar ou até desencadear a sensação de estar só?

Basta fazer um rápido exame das sensações e sentimentos do nosso dia a dia; para descobrir que a vida em família está cada vez mais solitária, pela dificuldade que temos de verbalizar adequadamente as emoções e as idéias; são comuns os monólogos; quando há discordância.
Pois, nas famílias cada parte responsabiliza a outra pelas suas frustrações.
Observando os motivos de cada um em separado, damos a cada um dos envolvidos toda razão; em qualquer conflito todos tem suas razões e seus justos motivos, pois ninguém detém a verdade e a razão em sua plenitude; o problema é que só damos razão a nós mesmos.

Não há muita luz no fim do túnel antes do desastre:
Pois hoje, a velocidade com que as mudanças acontecem aprisiona as pessoas em si mesmas; com isso a convivência familiar resume-se a algumas horas noturnas, sob vigilância cruel do aparelho de TV. Em muitas delas não se trocam palavras com conteúdo, quase sempre as mensagens são vazias ou destituídas de um significado mais profundo; é “jogar conversa fora” regada a bebidas, e ai daquele que ousar aprofundar-se em algo, logo é rotulado de chato ou desmancha prazeres.
Solução?
Treinamento para aprender a ouvir – aprender a esperar sua vez de falar – raciocinar antes de se expressar – e outras coisas mais que...
Alerta:
Em breve teremos uma multidão de surdos e de “border line” devido aos decibéis com que as pessoas ouvem suas músicas preferidas e outras coisas.
Em tempo:
Ninguém tem bola de cristal para adivinhar o que estamos pensando, sentindo e com vontade de fazer.
Ouça; pense e fale.
Mais simples que isso; só dois isso; dito bem baixinho.
Namastê.

domingo, 20 de novembro de 2011

CONSOLO: A MÃO QUE BALANÇA O BERÇO





Tal e qual os pais que tudo permitem aos filhos; apenas para não ter o trabalho de negar – pois, a palavra mágica: Não! – Exige capacidade de discernir, coragem e transparência de desejos.

Quem apenas anestesia as pessoas com consolo, belezuras escritas ou de imagens; e não as prepara para a necessidade de refletir de forma adequada numa atitude pré-operatória de autoconhecimento e prognóstico; pode criar graves distúrbios ao futuro dessas almas e do inconsciente coletivo – além disso; sem que perceba pode estar a serviço dos que não desejam que a humanidade acorde para a vida e suas realidades.

Nem tanto lá nem tanto cá.

Em tempo: o caminho do meio passa longe do caminho do meio termo e da mediocridade. Sem experimentar os extremos e ter domínio sobre eles; é impossível andar no tão caminho do meio ou o exercer da sabedoria – nada a ver com teorias do saber.

Namastê.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

HORA DE DESENGAVETAR O PROJETO DE VIDA




Dia menos dia; todos nós temos a sensação de sermos conduzidos automaticamente para situações existenciais várias: felizes ou tristes; boas ou sofridas.

Algumas poderiam ser modificadas facilmente caso estivéssemos alertas, outras é quase impossível de serem mudadas no prazo de nascer e morrer.
A isso, ao que pode ou não ser mudado neste momento, nós podemos dar o nome de nosso projeto de vida inato ou destino como adoram dizer alguns (destino para as pessoas soa de forma gostosa e preguiçosa como algo inexorável e que não vale a pena tentar mudar). Mas, a coisa parece não ser bem assim; ao que tudo indica: com certeza nosso presente é a continuidade do nosso bem ou mal escolhido passado.

Tirar nosso projeto de vida da gaveta dos acontecimentos só é possível quando sabemos que ele existe.
Para tirá-lo de lá é preciso o uso de uma ferramenta chamada meditação (parar para pensar).

Analisando os rumos de nossa vida desde que nos conhecemos por gente, é fácil determinar quem nós somos e o que fazemos aqui. Além disso, não é difícil analisar nossas relações com os companheiros de destino e desta viagem: familiares, amigos, conhecidos e pessoas de nossas relações de trabalho.

Para quem sonha ser feliz e realizado:
Tirar da gaveta o projeto de vida e a disposição para estudá-lo e reformar o que é preciso e, principalmente o que é possível em cada momento, é o primeiro passo para aprendermos a criar nosso bom e feliz tempo.

Qual é seu projeto de vida?
O que faz aqui?
Para que serve?
A quem serve?

TÁ EMBAÇADO?

Namastê.

sábado, 30 de julho de 2011

QUEM SOU EU PARA MUDAR O MUNDO?




Parece impossível e inaceitável que uma escolha nossa possa mudar o mundo e afetar a humanidade em todos os planos da vida; estamos habituados a afirmar que são apenas problema de cada um, nada a ver com as dos outros. Se pensamos assim: sem desculpas esfarrapadas, analisemos se, somos adeptos da liberdade sem responsabilidade.
Se nos dispusermos a parar para pensar veremos que nossas escolhas interferem sim na vida dos outros, e até são capazes de mudar realidades, drasticamente; e, não é preciso ser nenhum cientista para observar isso, está ao alcance de qualquer um.

O tempo todo escolhemos de alguma forma, e mesmo as mais íntimas, são capazes de afetar a realidade e a vida de outras pessoas, às vezes, de forma intensa, e feridas profundas demoram mais a cicatrizar e podem ser contaminadas pela purulência do ódio e da retaliação.

Para comprovar essa verdade, vamos usar uma alegoria:

A Humanidade é um lago e cada escolha que fazemos é uma pedra que atiramos nele; próximo ao local de impacto, a turbulência é forte, e diminui à medida que se afasta dele; embora se estenda de forma imperceptível até a margem.

Como as escolhas, uma vez atirada a pedra, não há retorno, ela vai afetar a realidade do lago proporcionalmente à intensidade da força, superfície e massa.

Para tornar isso mais claro.
Vamos no dia a dia buscar um exemplo: Estudemos uma situação comum, específica, mas capaz de ser transferida para inúmeras outras do nosso cotidiano.

Imaginemos um jovem adolescente que acha que tudo pode; tudo é problema seu, ninguém tem nada a ver com suas escolhas; quer usar e abusar do direito de ser livre. Muito bem, esse paladino da liberdade sem responsabilidade resolve iniciar-se na droga; acha que com ela sente-se mais livre, menos inibido, mais feliz até; descuida-se e vai preso. Com certeza, ele tem uma mãe ainda mal-educada nas emoções e nos sentimentos como qualquer um de nós, e que chamará para si a responsabilidade do sentir-se feliz ou infeliz do filho. Como resultado das noites mal dormidas, do descuidar-se de si mesma para pensar só na desdita dele, somada à sensação de frustração de sentir-se uma mãe falida e, de preocupar-se demais com o que os outros vão dizer dela e dele - Ainda ama possessivamente e, adoece; ás vezes de forma grave, podendo tornar-se até depressiva, angustiada ou em pânico.

Façamos uma primeira pausa para reflexão.
O jovem dono do mundo, dono do seu próprio nariz, sente-se livre para fazer suas escolhas. Escolheu atirar a pedra, a escolha do uso da droga, mesmo sabendo, mesmo alertado da possibilidade de possíveis conseqüências funestas, que imaginava só acontecer com os outros que são menos inteligentes; com ele, a criatura mais esperta do mundo, isso jamais vai acontecer. Escolheu a pedra e atirou-a no lago. Com certeza ela caiu bem no centro de seu universo pessoal e causou um grande tumulto no seu meio familiar. Quer queira quer não, sua mais forte ligação afetiva, independentemente da qualidade desse vínculo, é com sua mãe. Desse modo, ela foi a primeira a ser atingida pelo impacto e de forma mais intensa. Mas, a onda de perturbação se estenderá inevitavelmente a toda a família, segundo a intensidade e o tipo de vínculos que mantenha com cada um dos familiares. E os efeitos em cada um deles seja em duração ou em intensidade serão proporcionais aos desdobramentos desencadeados pela sua atitude.
As conseqüências terão um efeito danoso na intimidade das pessoas que estejam ligadas a ele com vínculos afetivos mais fortes. É possível até que ele tenha alguém apaixonado por ele, cuja vida íntima e cuja saúde pode ser afetada em profundidade, dependendo sempre da estrutura mental/emocional da outra pessoa.
Retornando ao estudo da situação que ele gerou, o impacto se estende além, e logo ultrapassa as fronteiras da sua família.
A mãe do seu melhor amigo certamente é uma criatura não muito diferente da sua mãe, quanto à educação das emoções, e põe-se a pensar que, se o filho andava com ele pode muito bem estar fazendo a mesma coisa. É o suficiente para ruminar essa idéia num circuito fechado, e “morta de preocupação” pode também adoecer ou tornar a sua relação com o filho num verdadeiro inferno de cobranças e recriminações. Desequilibrada e doente vai afetar a vida de todos os que moram naquela casa ou se relacionam com ela.
Quer mais? Se ele está preso está consumindo recursos do coletivo que poderiam ser melhor usados na educação, saúde, moradia...; de muitos.

Cada escolha nossa ou a falta dela deve ser cuidadosamente analisada. Façamos as melhores; pois somos capazes e vamos mudar o mundo para melhor; a começar pelo da nossa intimidade.

Namastê.

domingo, 29 de maio de 2011


QUANDO CALAR É O MELHOR A FAZER

Desnecessário:

Falar sobre nossas conquistas e virtudes.

Quem precisa fazer propaganda de si mesmo; demonstra insegurança, orgulho e falta das qualidades que apregoa.

Atrair sobre nós a inveja dos outros; é uma das maiores e mais comuns atitudes pouco inteligentes que cometemos.


Dica: todo cuidado é pouco para que não sejamso uma eterna maquete.

sexta-feira, 6 de maio de 2011


AMAR É RECRIAR A PRÓPRIA VIDA

Para nós que somos seres quase pensantes.
O amor de ontem não é o mesmo de hoje; até que venha a sê-lo novamente; imensurável. Espicha, encolhe, espicha de novo; conforme cada momento.

A inteligência dá a dimensão do amor; o sentir retira-lhe a dimensão; ele apenas se torna; e é.

Nesta nossa fase de deuses em gestação; viver é pensar, analisar e agir o tempo todo; até sentir sem pensar...
No seu princípio, o amor é criativo de forma ininterrupta.

Um ser que se ama e que ama a tudo e a todos; se mantém sempre livre não depende nem cria dependência; apenas: cuida de seus amores; até sem pensar.

Para nós viver ainda é objetivar; satisfazer interesses; até que apenas seja.

Nestas bandas do universo; um ser amoroso ainda precisa estudar a própria vida sem perder de vista os objetivos – não adianta querer pular fases.
Crê neles, desenvolve a confiança, que marca a certeza daquilo que deseja alcançar; e, confere sempre se, as suas metas de vida estão alinhadas às leis naturais: O mais puro, vivenciado e sentido AMOR que Deus chama de nossas vidas.

Quem cria é Deus – quem recria é sua criação...

Namastê.

domingo, 20 de março de 2011

REFORMA ÍNTIMA – A IMPLOSÃO DO EGO E DAS CONTENÇÕES DO SUPER-EGO SOBRE O ID

Entender nossos conflitos internos segundo a visão do Freud pode ser um “barato”.
Segundo a visão espiritualista somos um espírito (Super-ego) que vestiu um períspirito (construído com as energias do planeta) – (Ego); abrigado num corpo físico (ID).
Essa turma não se dá bem; e sobra para o Ego (coordenador da consciência) ajeitar os interesses do Id aos do Super-ego; tarefa complicada. Vamos pesquisar mais para continuar a brincadeira.

Quem já se Evangelizou sabe quem somos nós e o que fazemos aqui; daí inicia um processo de implosão dos mecanismos de contenção do super-ego libertando-se das desculpas e justificativas do ego.

Essa descoberta a respeito da luta para acomodar interesses íntimos variados; que mal elaborados surgem na forma de pulsões (impulsos) gerando comportamentos viciosos e TOC (por exemplo); ocorre nas pessoas que já apresentam razoável condição de leitura da vida, mesmo não entendendo patavina de psicologia ou mesmo nunca ter ouvido falar do Freud e suas teorias (exceto quando o assunto é sexo, nessa ocasião o ID põe as manguinhas de fora.) o que as conduz a uma melhor percepção de si mesmas, de suas tendências e impulsos adequados ou não; e de como enfrentá-los. Quando a ficha cair e tivermos o “insight”: a descoberta de que podemos conduzir nosso destino e de manipular nossa vida; sem quebra pau interno – estaremos na paz...

Continua.
http://saudeoudoenca.blogspot.com
http://pequenosdescuidosgrandesproblemas.blogspot.com
http://americocanhoto.blogspot.com
http://educarparaummundonovo.blogspot.com

NAMASTÊ.

sábado, 29 de janeiro de 2011

ANTES DE PEDIR CONSELHOS

Se eu escolho; a certeza do que busco deve ser a maior possível.

Buscar desculpas e justificativas, na forma de opiniões e conselhos, para possíveis efeitos inadequados; é condenar-se ao sofrer mesmo antes da ação ser desencadeada.

Se eu busco ajuda:
Antes é preciso checar se há clareza e honestidade nos meus objetivos.

sábado, 8 de janeiro de 2011

CIÚME TEM CURA?

Chamado de sentimento desatinado; causador de muitos desastres pessoais e coletivos.

O ciúme é inato ou aprendido?

É claro que cada criança já traz consigo de forma inata um conjunto de tendências, impulsos e compulsões particularizadas que somadas à influência do meio, irão compor a sua estrutura psicológica. Nesse conjunto, o desejo exacerbado de posse, o ciúme.

A educação centrada na bioética é que pode ajudá-la a reformar sua estrutura básica de personalidade e o seu padrão subconsciente de atitudes já estruturado; reformando, reciclando.

O sentimento do ciúme é nosso assunto.
É fácil de perceber que a criança tem uma tendência natural para sentir ciúme em virtude da sua pouca maturidade psicológica cronológica.
O que a conduz ao medo de perder os objetos de seu amor, exacerbando o apego; e ela reage com ciúmes de forma bem particularizada.
Em algumas é algo mais ou menos passageiro; que adequadamente elaborado é resolvido com certa facilidade.
Noutras esse sentimento está tão enraizado em seu subconsciente que o tornam doentio e difícil de ser transformado.

Um adulto consciente dos objetivos da vida, e de seus mecanismos pode ajudar a criança a reprogramar de forma profunda seu subconsciente preparando a resolução do problema do ciúme doentio – pois o fecho de qualquer problema na evolução do ser, é sempre dele mesmo, é lei.

Seja usando o recurso natural de mostrar á criança quando a situação estiver ocorrendo; que o remédio natural que a vida tem para o ciumento é as traições de todos os tipos e formas.

Ou também é possível criar situações capazes de enciumar a criança desde que o adulto seja capaz de usá-las como recurso pedagógico e saiba administrar seus desdobramentos possíveis.
Fazer aflorar o ciúme na criança apenas para provocar, além de inútil é crueldade.

Somos seres interativos e não existimos a sós; interferimos o tempo todo na vida uns dos outros.
Quanto menor nossa soberania emocional maior é a permissão que damos para sofrer a influência das ações das outras pessoas.

A criança orientada a discernir sobre suas emoções transformadas em sentimentos, quando alinhadas às leis de humanização é capaz de desenvolver mais tranquilamente sua maturidade afetiva e social.

Na dúvida em como ajudar a criança a fazer isso.
Basta usar o axioma deixado por Jesus: “só faças aos outros, o que gostarias que te fosse feito...”, ao vivenciar e compreender essa lei a criança dificilmente pisará na bola quanto a interagir de forma negativa com as outras pessoas.

Na busca da sanidade cósmica não há doença do corpo e da alma que não tenha cura.

Ciúme também tem cura.
A natural machuca o Ego, espreme esse tumor ético com os dedos da traição de todos os tipos.
A voluntária pode receber a ajuda do bisturi do discernimento e da anestesia da caridade.

A escolher.

Namastê.