sábado, 3 de novembro de 2012

CHEGA! NÃO DÁ MAIS! - ALGUNS EFEITOS COLATERAIS DA SEPARAÇÃO


ESGOTOU?

O QUE FAZER?

    A separação dos pais é tão danosa para o desenvolvimento mental e emocional da criança quanto a criança criada numa família caótica; com as devidas ressalvas.

     Os reflexos começam já com o clima gerado antes da separação; pois quase sempre sem que percebam com clareza, os pais usam os filhos para agredir uma ao outro nas suas emoções e nos seus sentimentos.

     Às vezes a criança passa a ser um instrumento de vingança ou de retaliação entre os sobreviventes do antigo amor ou paixão.

     E:
     Perde parte do seu referencial de valores querendo agradar a ambos, e, às vezes, de forma inconsciente até tenta lucrar com a situação – quase sempre: adoecendo; criminalizando.

     Alguns efeitos nocivos, tal e qual os efeitos colaterais da falta de reciclagem das personalidades dos antigos amores, já estão bem estudados:

     A adolescência é mais precoce.
    As meninas iniciam-se no sexo mais cedo que o recomendável; daí, a possibilidade de gravidez precoce e aborto acontecem na mesma proporção.
    A criança costuma assumir boa parte dos problemas da mãe ou os conflitos do pai.

    Pior para muitas, é quando o pai ou a mãe formam novas famílias e o a outra parte também já tem filhos; lógico que as reações de ciúmes acelerem o estresse e até podem gerar doenças psicossomáticas.

    Outros efeitos colaterais:

    A maioria tem que formar seus conceitos e valores de vida por si só – vão depender ao extremo da sua bagagem de alma.

    E, é inevitável:

    As manifestações do estresse gerado pela situação surgem como:

    Distúrbios do comportamento.
    Dificuldades de aprendizado.
    Problemas psiquiátricos vários.
    Sobrepeso ou anorexia.

     As conseqüências da forma de lidar com a Ansiedade produzida pela separação podem ser; dentre outras:

Depressão.
Angustia Existencial.
Pânico.
Neuroses várias.
Psicoses.
E outras; depende sempre das tendências e predisposições que a criança ou o jovem já tragam consigo.

Evidente que cada caso é um caso a ser muito bem estudado.
Separar por quê?
Para que?

Quem lucra e quem perde?

Meu direito á felicidade?

O que separar tem a ver com abortar?

Reciclar projetos?

Namastê.

sábado, 7 de julho de 2012

APENAS OUVIR NÃO SERVE MAIS; É PRECISO SABER OUVIR.




APENAS OUVIR NÃO SERVE MAIS; É PRECISO SABER OUVIR.

    Aprender a ouvir não é deixar as palavras entrarem num ouvido e saírem pelo outro ou apenas não interromper quem fala. É pensar, refletir naquilo que foi dito para reter o que é bom e descartar o que naquele momento não serve. A isso, dá-se o nome de capacidade de discernir.  
    Como poucos já desenvolveram essa qualidade que dá a diretriz correta para o uso do livre arbítrio, é preciso que: mil palavras não tenham o valor de um exemplo, caso contrário a evolução da humanidade não se faria nem com toda a eternidade à disposição. Prestar atenção no que é dito até uma ave, um gato, um cão, o fazem; e com treino até são capazes de responder. Mas raciocinar e discernir, tudo leva a crer que isso eles não são capazes.

    Saber ouvir é vital para expandir a consciência.

    O próprio desenvolvimento cronológico do ser humano mostra isso de forma a não deixar dúvidas: primeiro a criança aprende a ouvir, depois aprende a falar.
Quando nasce surda ou com dificuldade auditiva ela tem enorme dificuldade em aprender a falar. De um jeito ou de outro todos nós sabemos disso; mas não aplicamos em nós mesmos, na nossa própria evolução. Por quê?

    É mais um distúrbio da educação:

    Na convivência com o adulto a criança logo percebe que não é ouvida.
   
    Quando ela quer expressar um sentimento; perguntar ou falar algo; logo é interrompida.
O adulto pensa que só tem a ensinar à criança e nada a aprender com ela. Por sua vez, ela logo descobre que os adultos não querem ouvir nada nem ninguém. E passa a imaginar que ouvir é perda de tempo.

Quem grita mais; chora menos.

    Dia após dia a criança passa a incorporar algumas distorções na arte de falar:
·        A vantagem é falar sem dar tempo para que o outro retruque.
·        Vale tudo para impor seu ponto de vista a qualquer preço e em qualquer tom, nem que seja aos berros.
·        Quem grita mais se impõe.

    Imitadora por natureza a criança logo se põe a berrar quando não é ouvida ou quando seus desejos não são satisfeitos na hora.

    O lar onde as pessoas não sabem ouvir umas às outras se transforma numa Torre de Babel onde ninguém se entende nem se respeita. E onde não há respeito não há amor.

sábado, 23 de junho de 2012

QUEM É ESTA CRIANÇA?

A base de toda a relação educacional adequada entre pais e filhos está na correta resposta a essa pergunta.

    Um dos princípios básicos da educação é saber a quem se destina. Quais as “verdadeiras” necessidades do educando? Quais os melhores métodos para satisfazê-las?
    Estamos falando de educação para a saúde, e para que se possam mobilizar os recursos necessários ao bom desempenho, é preciso que os pais assumam a tarefa; ao invés de delegar para pessoas que terão contato com a criança apenas na hora da doença por breves e aflitivos momentos; como os profissionais da saúde. Tentar estudar a criança e suas necessidades dentro do corre-corre do sistema de vida atual parece uma tarefa muito difícil.

   Muitos são os enganos ou descuidos que cometemos na execução da tarefa de pais e educadores:
- Basicamente falta definir que: a criança ou educando é um ser inacabado e, não um brinquedo que podemos ligar e desligar quando nos der vontade.
- Aquela criatura: não é uma página em branco. Traz consigo o esboço de um projeto de vida particular. Um ser único que não pode ser comparado com outros. Merece respeito. Exige cuidados na medida exata e no tempo certo.

    As características de personalidade da criança que são percebidas como inadequadas; ou até como possíveis fatores capazes de trazer sofrimentos devem ser modificadas na medida do possível e não apenas  ocultadas das outras pessoas. Não estamos condenados a carregar para sempre nossas características e tendências; embora no decorrer da existência seja  complicado nos livrarmos de algumas. Devemos tentar perceber o que é viável para mudar e o que se faça necessário.

Estudar é anotar, verificar, exercitar:
    Compreender a criança não é emitir julgamentos, nem fazer comparações. Ela deve ser orientada a perceber suas emoções, sua forma de agir e de reagir, e a distinguir entre as várias formas de reações os efeitos gerados por cada uma delas.
É preciso criar o hábito de anotar para depois comparar e definir metas de mudanças.

Namastê.

sábado, 31 de março de 2012

COMO IDENTIFICAR UM PSICOPATA COMUNITÁRIO




È comum que os pais digam que seria muito bom se os filhos viessem com manual de instrução. Muitos sociopatas e psicopatas que destroem sonhos; aniquilam perspectivas; e hoje até destroem nações poderiam ser diagnosticados. E o mais engraçado é que somos nosso manual de instrução ambulante, aberto para quem tiver interesse em prestar atenção e até decifrá-lo. O momento é de estudar e educar a alma; pois, especialmente nos primeiros anos de vida, antes de sofrermos a ação de camuflagem da educação e da socialização, nós estamos na vitrine, mostrando a que viemos na existência; quais nossas tendências, impulsos e até delinear nosso possível futuro padrão de atitudes – e o que poderemos causar e deixar como nossa marca pessoal – nossa pegada existencial, ecológica...
Quando a ciência tiver meios de desmaterializar o raciocínio, continuando como ciência sempre indagando, buscando, na tentativa de desvendar o ignorado resolveremos a maior parte de nossos atuais problemas. E ela já a tem; mas na área da ciência como da religião, também dominam os sociopatas; daí, demora um pouco.

Boa parte da responsabilidade sobre nossas ações, comportamentos e doenças inadequadamente recai sobre a herança genética.
Quando se trata de tendências inatas o raciocínio de herança familiar escrita no DNA físico não retrata quase nada da verdade. A realidade de cada um, o acervo de nossas conquistas tanto adequadas quanto não, está registrada no DNA extrafísico do qual o que se encontra em 3D é apenas parte; o que está ligado ao projeto de vida. Somos a continuidade de nós mesmos.
Em nossos arquivos está registrado tudo que pensamos, sentimos e fizermos; além disso; também a nossa participação na constelação familiar a que pertencemos e no meio ambiente. O que repetimos dos familiares na sua maior parte é aprendizado, cópia de modelos que adotamos e não uma pura e simples condenação genética.
A quase totalidade dos psicopatas é criado em ambientes familiares conturbados; o que na atualidade representa a maioria das famílias.

Quando se trata de sociopatias e de psicopatia, nós já nascemos com o impulso para esses comportamentos que irão se concretizar ou não; daí a participação adequada ou não do meio: família, ambiente e sociedade podem e devem fazer a diferença. Claro que algumas atitudes sociopatas são reforçadas pela forma de viver e educação atual baseada na neurose da competição, mesmo que o individuo não traga isso como forte tendência inata – atitudes psicopatas podem ser aprendidas, especialmente durante a infância.

Quando ouvimos o termo psicopata logo nos reportamos aos do tipo serial killer da mídia e aos que cometem crimes bárbaros. Apenas uma minoria ínfima dos psicopatas se constitui de assassinos; e nem todos que cometem crimes e matam são psicopatas.

O psicopata comum é considerado uma pessoa normal até muito bem educada, gentil, sociável e muito simpática. São pessoas politicamente corretas, costumam ser elogiadas na escola e no trabalho. Estão acima de qualquer suspeita de cometer crimes até bárbaros – e quando isso ocorre; as pessoas em torno ficam chocadas.

A maioria dos psicopatas se enquadra em grau leve e que não são apanhados pela justiça por cometerem crimes graves; daí não serem diagnosticados segundo os critérios do DSM – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM). É um manual para profissionais da área da saúde mental que lista diferentes tipos de transtornos mentais e critérios para diagnosticá-los de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria. Nessa condição de diluídos na massa de normais são mais difíceis de diagnosticar; embora seja fácil percebê-los agindo em todos os lugares especialmente onde seus interesses estejam em risco: no trânsito, nas disputas e jogos, no trabalho; enfim em todas as atividades da vida comunitária. Pode-se dizer que são os psicopatas comunitários.

Costumam ter inteligência na média e até acima. Na condição de vilão ardiloso é hábil na busca de seus interesses sente compulsão pela mentira; frios não se importam com os sentimentos alheios nem com os direitos dos outros, não são capazes de criar vínculos afetivos duradouros; dissimulados: são organizados e detalhistas; convincentes e sedutores; não respeitam normas nem leis, gostam de levar vantagem em tudo.

Os em torno não conseguem identificá-los até que cometam algum delito passível de punição pela lei.
Alguns tipos comuns: falsos amigos oportunistas; os que se fazem de vítimas; o colega de trabalho que sonega informações e outras coisas para ocupar o posto do outro ou para sobressair perante os chefes; trapaceiros; os que vivem á sombra do poder na qualidade de funcionários públicos de médio e alto escalão criando leis apenas para beneficiá-los; os parasitas sociais como os indevidamente aposentados; os ressarcidos por méritos que não possuíram; políticos; empresários e religiosos.

Esse tipo de psicopata raramente vai para a cadeia; por motivos vários – mas se vai para a cadeia é tido pelos do sistema carcerário como preso exemplar e que ali está por injustiça. Na qualidade de bonzinho, inocente e coitadinho continua tendo atitude de psicopata mesmo dentro do sistema penal; e com esse tipo de atitude consegue regalias e redução de pena.

Como diagnosticar o possível psicopata leve, no sentido de que não infringe o código penal daí, não se enquadra no DSM?

Na maior parte dos casos é preciso um pouco de convivência para que ele se mostre.
Costumam ser impulsivos; mas na maior parte das vezes eles conseguem controlar mantendo a camuflagem.
São bons atores: representam o tempo todo.
Habilidosos para seduzir de forma melosa; são mentirosos e dissimulados ao extremo; daí, cativantes e envolventes.
Como não conseguem manter isso o tempo todo em certos momentos alguns lapsos chegam a ser chocantes; pois contraditórios não se dão conta de seus deslizes (muito comum nos políticos que estão sempre na vitrine dos noticiários).
Não percebem as variações emocionais na voz; nem suas expressões faciais.
São menos sensíveis á dor.
Do levar vantagem em tudo até o roubo é um pulo.
Atropelam quem interferir nos seus interesses, desde denegrir até mandar matar (raramente matam: pagam para que alguém o faça).
Narcisistas; ás vezes antissociais.
Nível de ansiedade abaixo da média; exceto nos psicopatas secundários que são hostis, compulsivos, socialmente ansiosos, isolados, mal humorados e com baixa autoestima.

O que nos interessa neste bate papo:

Como a “Reforma íntima começa antes do berço” nosso interesse é identificar possíveis psicopatas da afetividade como os que levam milhões de mulheres a se tornarem mães solteiras ou arrimo de família; predadores sociais como os funcionários públicos ou privados de alto escalão; predadores da natureza como os criadores de gado de forma extensiva, plantadores de monoculturas; os que envenenam a terra e as pessoas; os que envenenam os alimentos industrializados e outros tantos.

Como identificar a tempo essas pessoas; pois poucas terão uma boa educação de berço baseada na ética cósmica – a maioria será muito bem informada; de forma geral foram crianças até charmosas de forma superficial, adoram andar na moda e consumir tudo que é top – como identificá-las?

São charmosas, encantam facilmente os adultos pela sua aparência e docilidade – no entanto já demonstram em certos momentos birras, reações imotivadas á contrariedade, insensibilidade frente a situações de sofrimento de outrem que podem ser evidentes em condutas como maltratar coleguinhas, animais, mentir, já em idade escolar trazer para casa objetos que não lhe pertencem, etc.

Nossa intenção ao trazer este assunto á discussão:
Serei eu um psicopata?
Frente á justiça forense da atualidade não; mas e frente á justiça segundo a ética cósmica?
Meu filho ou meu aluno é um psicopata em potencial – o que fazer?

Namastê.

sexta-feira, 9 de março de 2012

TRANSTORNO DO PAVIO CURTO DE QUEM É A CULPA?



Conforme já alertamos em muitos artigos nos bloogs:
A normalidade é um tipo de bullying.
A violência física vai aumentar em ritmo alucinante, especialmente nas grandes metrópoles.
Quem de nós nunca sofreu ou praticou algum tipo de violência? – Nem sempre percebida por quem a pratica; mas, sempre vivenciada por quem a sofre.
A violência física começa de forma insidiosa no DNA cultural e nas tendências que a alma traz.
Exemplo, o conceito Bullying focado inicialmente no ambiente escolar trouxe á discussão a pratica da violência explícita e até mesmo a subliminar; aquela em que raras pessoas; prestavam atenção; pois, á medida que o assunto vai sendo debatido; novos focos e olhares sobre o problema surgem, cada um dando sua contribuição para que a paz reine entre nós.
A violência explícita e a subliminar se confundem ás vezes; tal e qual o estupro em algumas sociedades onde a vítima do bullie (o estuprador) ainda sofre discriminação, sendo penalizada duplamente pela sociedade que pratica o bullying sem perceber; pois, a prática de manter o poder através da agressão é milenar.
Esse padrão de atitudes não está vinculado ao instinto de sobrevivência, defesa ou raiva. Pode envolver ciúmes, discriminação inveja e desprezo.
Suas bases estão assentadas no desejo e sentimento de poder; intolerância á diferença; e a pretensa liberdade de excluir, barrar, isolar e segregar os outros.
Não é uma fase normal da vida como muitos bullies adultos imaginam; não passa com o tempo nem com a idade; apenas ela fica camuflada pelas máscaras sociais fruto da educação ainda em vigor.
Conforme deixamos claro no livro: “A reforma íntima começa antes do berço” Ed. EBM – relançado:
Algumas pessoas já nascem com tendências para praticar o bullying; assim como já trazemos um esboço de personalidade ao nascer e um conjunto de predisposições que podem ser corrigidas ou reforçadas pela vida em família, educação e cultura.
Essa é a temática que abordaremos neste bate papo: bullying é um comportamento inato (embora haja saudáveis discordâncias) e que também é aprendido (isso é consenso) – Mas, como tudo na vida: comportamentos sejam inatos ou adquiridos, podem e devem ser mudados.
Esperamos com este escrito, fruto de nossa vivência diária como médico de famílias e educador em saúde dar alguma contribuição á busca da tão sonhada PAZ.
Pois fãs da UNIPAZ – um dos caminhos que nos resta:
Sonhamos com um mundo melhor onde paz e harmonia predominem na intimidade de cada um e na vida social.
Mas:
Volta e meia nós nos deparamos na rua e nos noticiários com campanhas, caminhadas, e passeatas contra as guerras declaradas ou não; e em prol da paz.
Slogans não faltam:
- Diga não à violência!
- Abaixo a prática do bullying nas escolas!
- Guerra não!
- Eu sou da paz!
- Paz e amor!

Muitos já a buscam mesmo desconhecendo-a; outros, como as crianças da Geração Nova já a praticam automaticamente e sem esforço.
Inúmeras as lutas que se travam a seu favor. Nas ruas, na imprensa, escrita e falada. Paz da boca para fora dos bullies, que o são; sem que o saibam.
Tão estéreis quanto inúteis; enquanto não tivermos consciência do que seja agressividade e violência.
Não tem sentido lógico, pessoas ainda agressivas e praticantes do bullying nas menores ações do dia a dia; lutando pela paz. E o que é pior: cobrando dos outros, atitudes mais tolerantes e pacíficas.
É coisa de gente que não tem nem sabe o que fazer; além de assistir noticiários.
Nós ainda não desenvolvemos a sensibilidade de distinguir as posturas pacíficas das agressivas no conjunto das nossas atitudes diárias.
Não sabemos realmente o que é violência nem agressividade planejada ou não; exceto aquela que salta aos olhos, escabrosa e truculenta: guerras, assassinatos, agressões, estupros, tiros, facadas – pois ela ficou diluída; e camuflada em condutas padrão ou normais ditadas pela cultura. E o que é pior, nós sentimos apenas a que nos atinge ou nos choca; mas, encaramos como normal e nosso direito de reagir aquela que nós aplicamos aos outros, dos pensamentos às atitudes de prepotência.
Somente seremos capazes de combatê-la quando aprendermos a detectá-la em nós mesmos (essa é uma de nossas intenções neste nosso pacato escrito) e, quando educarmos as crianças para que sejam mansas e pacíficas, pois a educação é algo compartilhado e não imposto. Palavreado não seguido de atitudes coerentes não serve para muita coisa; até atrapalha. Pessoas não se educam com slogans, nem com palavras de ordem, e sim na prática de cada dia.
Antes de conseguirmos a paz nas ruas, nas escolas, no trabalho e na vida social e política, ela precisa ser conquistada no íntimo de cada um e no ambiente familiar. A atitude pacífica deve ser aprendida e exercitada principalmente na vida em família.
Como tudo que envolve o ser humano a paz não se consegue numa canetada de um decreto político ou não; nem com teorias mirabolantes ou num passe de mágica; é conquista de dia a dia, de respeito pela própria vida e pela vida do outro. Alcançaremos um estado de paz relativa, quando nos lares não houver mais:
• Guerra pelo poder de controlar sem medir forças
• Competição
• Mentiras
• Traições
• Violência verbal
• Agressão física

Desse ponto em diante todas as lutas sociais em prol da paz serão vitoriosas.
Mas quem se interessa?

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A REFORMA ÍNTIMA COMEÇA ANTES DO BERÇO



Amigos.
Está indo para a gráfica.
A capa ficou muito legal.

Apresentação

Muito se fala em reforma íntima no meio Espírita, e foi criado um paradigma: quem precisa e deve proceder a uma reforma íntima é o adulto (caso já tenha se conscientizado dessa necessidade); a criança ainda não tem o que possa ser reformado e precisa apenas ser Evangelizada. No entanto, percebemos que há muito tempo esse sistema descontínuo deixou de funcionar a contento; pois mesmo os espíritas de berço e superdoutrinados não estão se saindo muito bem nas coisas da vida. O número deles que se encontra às voltas com a depressão, a angústia existencial, o estresse, o pânico e outras doenças, que têm como pano de fundo a pobreza ética e a falta de fé nas leis que regem a vida, não difere muito dos outros sistemas de crenças. Boa parte não está se saindo tão bem quanto seria de se esperar para uma pessoa Evangelizada segundo princípios doutriná¬rios tão claros e simples. Esse fato sinaliza que alguma coisa deve ser mudada. Com certeza a falha que está atrapalhando o desempenho evolutivo não se encontra no conteúdo da Doutrina, mas na meto¬dologia de ensino e na sua forma de aplicação prática.
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A criança deve ser Evangelizada isso ninguém discute, mas alguns questionamentos são necessários: Onde? Quando? Durante quanto tempo? De que forma? Quem é o Evangelizador? O que se espera? Como podem ser medidos os resultados? Antes ou depois da desencarnação?
Que ninguém se melindre ou imagine que esteja fazendo tudo errado, apenas os questionamentos são necessários, pois nada na vida do homem está pronto. Mesmo o Evangelho é um alicer¬ce, uma base para nossas vidas, mas a cada dia novas descobertas e novos detalhes científicos devem ser a Ele acrescentados. Os resultados que se obtêm na Evangelização das crianças, segundo a Doutrina dos Espíritos, são marcantes, mais práticos e funcionais, disso ninguém discorda; mesmo assim, muito pouco do potencial educativo disponível no Evangelho é bem aproveitado no dia a dia.
Muitos ainda são os fatores que atrapalham a criança educada no meio espírita a aplicar a doutrina de forma simples e metódica. Um deles: como todas as outras, a criança que cresce em um lar espírita absorve parte da visão de mundo dos adultos e incorpora ao seu padrão subconsciente algumas formas arcaicas de interpretação da Doutrina, do tipo: os frutos da prática das di¬retrizes do Evangelho são para serem saboreados depois da morte; algo como: ser socorrido e passar a viver em uma colônia espiritual com seus afins. Que a vida terrena é cheia de sofrimentos, dores e aflições para provar o espírito e para expiações. Esse tipo de engano deve ser corrigido, pois a criança passa a pensar que deve sofrer para aprender, quando não é preciso, e de forma subconsciente até passa a inventar sofrimentos inúteis.
Aprender por meio do sofrimento indica falta de capa¬cidade de discernir, pois se pode aprender pela prática da reforma
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Américo Marques Canhoto ‹ 11
íntima e do desenvolvimento da capacidade de fazer a caridade, perdoar e amar com prazer e alegria sem maiores dores.
A transformação voluntária sistemática é necessária para ser usada com a finalidade de melhorar a qualidade de vida neste exato momento, nem antes nem depois. Ela é capaz de propiciar a capacidade de encarar situações aflitivas como oportunidades de crescimento para o espírito. Tudo deve ser muito prático e simples. Às vezes, basta mudar o rótulo – de problema para lição – que o desempenho melhora, e muito.
A responsabilidade maior na educação e na reforma ínti¬ma infantil é da família. Cabe a ela provar que mudar a personali¬dade pela vontade e esforço é uma atitude mais inteligente do que mudar apenas para fugir do sofrimento. A criança também deve compreender que quando melhoramos a nós próprios praticamos a caridade para com os outros, pois os laços que nos unem na vida em família, de um jeito ou de outro, fazem com que o problema de um se transforme no problema de vários ou de todos.
Portanto, vale a pena investir na educação íntima das crianças, pois o rescaldo dessa atitude sobra para a vida de todos os que compõem a família e, se melhora para um, melhora para todos.
A ideia central do livro é conduzir a transformação íntima em um processo sequencial desde a vida uterina. Tarefa simples e fácil de ser aplicada que exige de cada um apenas o que já tem: capacidade de observar, raciocinar, boa vontade e determinação para pôr em prática.
O ganho em qualidade de vida que se pode proporcionar à criança, à família, e à sociedade segundo esse método, é muito compensador.
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Mas:
Não se pode modificar aquilo que se desconhece...
Mesmo entre espíritas antigos, quando recebemos um filho ou um neto para encaminhar para a vida como um homem de bem, esquecemos que está chegando nessa dimensão um espírito tão antigo quanto o nosso, tão problemático e endividado junto à justiça natural quanto nós. De forma distraída focamos apenas a identidade que o espírito assumiu desta vez e nos esquecemos de auscultar a sua natureza íntima.
A mudança no título para esta nova edição: A Reforma Íntima Começa Antes do Berço tem uma razão especial: as crianças da Geração Nova estão chegando a número cada vez maior – muitas já estão aptas a ler pensamentos – desse modo, a família deve começar a dialogar com esses espíritos que chegam antes do nascimento.
A verdadeira educação é aquela que visa educar o espírito.
O autor.


Este assunto cabe em todas as ocasiões da nossa evolução; pois durante a eternidade todos nós ainda seremos incontáveis vezes: pais, mães, filhos...
Nada fica perdido; sempre estamos relembrando com a ajuda das situações do presente o que já está arquivado em nossa memória no DNA.

Namastê.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

AS VÁRIAS FACES DA VIOLÊNCIA




Mesmo quando em tentativa de reciclagem da personalidade ainda somos dotados de impulsos para a agressividade que se manifestam muitas vezes na forma de atitudes de passividade ou de violência contra o meio ambiente, animais, outras pessoas presentes ou ausentes e até contra nós mesmos:
Auto - violência.

É a que se volta contra o próprio agente.
Pode ser explícita até escabrosa sob determinados estímulos: arrancar os próprios cabelos; esmurrar-se; bater a cabeça – pode transformar-se em TOC: coçar feridas até sangrar; espremer espinhas; ou então assumir ares de violência subliminar: sentimento de menos valia; auto - depreciação; depressão.

Conforme colocamos em nosso livro: “A reforma íntima começa antes do berço” – Ed. EBM – a criança sinaliza bem cedo várias tendências para manifestar os impulsos de agressividade e atitudes para expressar violência; para isso basta fazer a leitura das suas tendências e do comportamento.

Nosso tema de hoje é a violência subliminar na forma de doença; especialmente as auto – imunes.

A reciclagem de nossos impulsos de agressividade em mansuetude; inevitavelmente passa pelo controle da racionalização.
Ao tentarmos atravessar a fase de repressão e contenção desses impulsos seja pela vontade própria ou balizada pelas normas sociais e religiosas, corremos o risco de adoecer.

Ao nos sentirmos contrariados ou agredidos; se o impulso de reagir ainda é forte; mas segundo variadas causas nós tentamos contê-lo sem que o tenhamos compreendido; ao invés de agredir ao outro agredimos a nós mesmos num processo chamado de somatização que pode se manifestar de forma mais clara e simples como nas enxaquecas, eczemas, dores de estômago...; ou pode assumir caráter mais subliminar e grave como nas doenças auto - imunes.

Como as doenças da alma se materializam no corpo físico?
Cada conjunto de pensar/sentir/agir emitido por nós é uma energia liberada que se irradia tal e qual uma estação de rádio ou televisão, e que retorna ao agente emissor. Faz o seguinte trajeto: centros de força, meridianos de acupuntura, sistema nervoso, sistema glandular, todos os outros sistemas, células, etc.
Na contenção da onda de agressividade e violência o outro escapa de levar uma surra verbal ou física; mas acaba sobrando para o fígado, o estômago, o coração, a pele..., do agressivo e violento que se conteve; desarticulando, adoecendo, e num prazo mais longo: morrendo.

Em razão do que representam perante a consciência em evolução as doenças auto – imunes merecem um estudo mais apurado do EU SOU.

Evidente que construir uma doença é como fazer um bolo; não se faz apenas com farinha; é preciso outros ingredientes e alguns procedimentos habituais.
Nossas doenças também não possuem como agente único nossas características de temperamento e personalidade; mas que são fatores importantes; isso é vero.

Há muitas formas de descarregar a energia dos impulsos.
Há as negativas e as positivas.

Que tal descarregá-las com força na prática do bem e da caridade?
Efeito colateral?
Claro: tornar as pessoas vítimas da nossa ajuda um pouco mais preguiçosas; mas, sempre haverá algo ou alguém que as corrija...

A tendência para atitudes de violência contra nós mesmos pode ser detectada e resolvida desde o nascimento.

Namastê,

domingo, 29 de janeiro de 2012

NA DÚVIDA É MELHOR CALAR – MAS POR QUE CALAR QUANDO É POSSÍVEL EXPRESSAR?




Devido á nossa pouca capacidade de discernir, nós somos especialistas em transformar paradigmas em paradoxos...
Pode ser que, mesmo hoje, alguém ainda duvide que a capacidade de falar de expressar idéias, sensações, impulsos e sentimentos tenha sido um degrau que subimos na escada da evolução. A falta de coordenação entre o que nós: pensamos, sentimos, falamos, e atuamos; talvez tenha sido a origem desse paradigma: melhor calar.

Como se tivéssemos acabado de descer das árvores; nós ainda não atendemos aos princípios primários da arte da comunicação e de educar: observar, refletir, expressar, agir.

Para os que já galgaram um degrau a mais na escala de desenvolvimento da consciência; um detalhe pode fazer toda a diferença:

A INTENÇÃO É FATOR DETERMINANTE NA FALA.

É preciso determinar uma intenção; pois toda verbalização intenta algo ou tem uma finalidade e, gera efeitos.
Quando falamos (e a palavra hoje é falada, escrita, digitada, ou pode vir na forma de imagens produzidas, copiadas e repassadas), nós somos responsáveis e, a intenção será o juiz dos agravantes e atenuantes.

A motivação também é um agente na relatividade do conceito falar a verdade, usado nas relações e simples interações:
Digo a verdade doa a quem doer!
Dependendo da intenção e da forma como ela foi expressa, muitas vezes essa “verdade” magoa e fere; quem se vangloria de sempre dizer a verdade, doa a quem doer, ao observar-se melhor; percebe-se: recalcado, frustrado, maledicente, pois a intenção real é punir.
A verdade dita ou calada é calma, equilibrada; e predominará cedo ou tarde; pois tem sua hora.

Mesmo que primária e reduzida em capacidades e vocábulos:
Que a verbalização seja sempre o instrumento da verdade que constrói e não aquela que fere e pune.

Precariamente sábio que:
Na dúvida é melhor calar e aguardar a ação do tempo ou o surgir de um dono da verdade impaciente que servirá de escândalo corretivo através de sua forma descuidada de agir.

Porém; não devemos papaguear:
A falta de intenção também é capaz de causar prejuízo:
“Desculpe, não tive intenção de...”
Embora não haja intenção de ferir, aconteceu; a ausência da intenção de...; apenas atenua o julgamento final na consciência; mas não elimina o débito relativo à impaciência e preguiça; daí, antes de verbalizar é preciso sempre definir primeiro as intenções.

Mas, é vero:
De boas intenções o inferno está cheio.
Falar é preciso; calar é preciso – mas antes de tudo é preciso pensar, refletir...

Namastê.