domingo, 3 de janeiro de 2010

TODOS ESPERAM UMA CRIANÇA SADIA

O QUE É UMA CRIANÇA SADIA?

Embora com toda parafernália de tecnologia á disposição - Se o conceito de criança doente é relativo a uma série de fatores, é lógico que o de criança sadia também seja relativo, pois nos primeiros dias, meses ou anos de vida muitas doenças não podem ser ainda detectadas, exceto as lesionais; e apenas poderão sê-lo ao longo do desenvolvimento funcional, morfológico, psíquico e emocional da criança. Depois, é preciso analisar se estamos avaliando a criança como um ser integral que pensa, sente e age ou apenas uma parte de seu corpo, ou ainda, apenas um momento da vida da criatura.
Para a maioria de nós, mesmo no curto espaço de uma vida, o conceito de sadio ou saudável, passa por diferentes fases. Quando a criança é esperada, a gravidez foi desejada, de início, já durante a gestação, para os pais a preocupação é: será uma criança “perfeita”? Para eles uma criança “perfeita” é uma criança que não trouxe nenhuma lesão congênita ou funcional de pronto, de imediato ao nascimento. Antigamente o nascimento era uma verdadeira loteria no que se refere a esse conceito de criança doente ou sadia, ou até mesmo, se seria menino ou menina, a expectativa era tão forte a ponto de criar doenças de somatização em algum dos familiares, já nos dias atuais, após o advento do recurso do ultra/som esse tipo de expectativa foi abrandado – embora algumas pessoas carreguem durante a vida seqüelas psicológicas pela forma como foram recebidas ao nascer; pois não eram do sexo desejado pelos pais.
Porém, à medida que o tempo vai passando, a cada nova fase do desenvolvimento da criança, novos conceitos de doença vão surgindo, e mesmo alguns dos aspectos do desenvolvimento mental/emocional e do comportamento considerados inadequados, vão recebendo o rótulo de doenças.
Para uma grande parte das pessoas, criança sadia é aquela que não dá “trabalho” para o adulto, ou seja, a que não exija maiores cuidados e atenção; e principalmente que atenda a todas as expectativas do adulto.
A rigor não existem crianças totalmente sadias, pois ao nascer todos já trazemos tendências e predisposições para adoecer e isso é inerente a este plano da vida. Para quem se dispuser a observar, não é muito difícil identificar essas predisposições, utilizando apenas os recursos cotidianos de observar, refletir e agir... Mais algum tempo, e muito mais pessoas do que hoje as há, terão mais consciência do porque e do para que se vive; desse momento em diante, elas conseguirão detectar, além das tradicionais moléstias físicas; graves doenças da alma nas crianças, como: orgulho, impaciência, agressividade, intolerância, egoísmo, inveja, maledicência, calúnia, mentira, etc. Doenças que dia menos dia se exteriorizarão nos distúrbios do comportamento que perturbam, ou se materializarão no corpo físico. E buscarão recursos para ajudar as crianças desde cedo a promoverem uma reciclagem íntima ativa. Reforma das tendências e predisposições inatas ou adquiridas que por si só, já é um tratamento curativo e profilático.
Porém, não basta ajudar a criança a identificar o que deve ser modificado, nem somente oferecer-lhe ajuda externa. É necessário ensinar-lhe os meios mais eficazes, e principalmente exemplificar, mostrar como se faz, na tentativa do adulto em se modificar.

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